sábado, 18 de outubro de 2014

A ventura,

legenda: mesma gravura de (sem título.) é noite, abaixo da lua que brilha na direita, há um veado amadurecido com a cabeça voltada para trás com o corpo indo para frente, seu olhar atravessa uma grande árvore sem folhas e de muitos galhos, e repousa do outro lado da árvore, onde há três jovens e pequenos cervos, o mais perto da árvore está de orelhas levantadas, o do meio distraído vem até nós, e o terceiro em posição de oposição ao amadurecido, pasta de costas e despreocupado. a neblina só nos deixa ver uma única outra árvore além da grande, no fundo do plano, um pouco mais míuda e está na adiante do veado amadurecido.

De ter a Sorte,
de pedir a sorte
e ela te estender algumas cartas,
e você assim aceitá-las

Como se fosse Destino,
de portas abertas,
te chamando pra beber chá,
às três da madrugada,

a Tristeza se deita, vira, e olha
na janela a lua e as sombras
não te distingue dos matagais,
e nos lençóis, se esconde pra dormir,

Fortuna por andar em sonho,
entre as nuvens neblinosas,
acha uma flor de lírios líricos,
e te dá pra assim cumprimentar,

a Paz, que está a escovar os
cabelos e ouvir o som do bardo,
que vestido e cantado,
é o próprio,

Vento, andando, que leva na pena e
nas costas, o peso do ar vocal,
que quer voltar aos ouvidos,
de quem uma vez lhes
proferiu

União, que trás nas mãos,
as outras mãos, e a tua,
no brilho da Lua,
voltam, volta,

Alegria dá voltas,
volta para ti e tristeza,
deitada na cama e no silêncio,
abraçam,

Estranho, você por aqui,
Sim, eu, tu, eu e ti. Trouxe o
meu pai, ele está ali fora,
mas vai ficar lá mesmo,

Compreensão, conversa,
fica você aqui mesmo,
a ouvir comigo o som dos grilos,
enxerga ali o ar de

Mistério, que pasmo olha,
a grama romper o solo;
no meio da noite,
é impressionante ver qualquer coisa.

Invisível, ti acena,
discreto,
some.

Ilusão, vai atrás de seu par,
seu quase par,
cadê seu sapato,

Desconhecido acha, e lhe entrega
na mão e diz e aponta
estas são as suas cores

e Verdade em seus gizes,
pintou a casa de madeira toda,
amarela azul rosa verde arco
íris para além

e Vida olhava para dentro de casa,
e abraçava a filha, te trás pra sala,
e te convida a ver a estante,
lá, um livro,

vê Universo entrar e na porta,
um arco, e agora se complementava,
na íris da filha e as estrelas do Céu,
se moviam ao passo,

de Paz, que sentada com Monge,
te perguntava, como está seu chá,
estava bom, pode deixar lá,
volta, vai lá,

e sentas
e sentes
um pouco.

***

E sabe,

Tava com Saudade.
de achá-los assim,
a brilhar juntos, e

Compartilhar manda um olá,
por seu irmão,
e acena com a mão,

ao Infinito, escondido
atrás da Lua
a brincar,

pintar com Verdade,
arcos e giros azuis,
muitos deles,
fazendo

o Zero Mágico n'
o breu azul, a luz da Lua.

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